Influências filosóficas na psicologia
A psicologia foi criada em 1879 por Wilhelm Maximilian Wundt em Leipzig, Alemanha. Entretanto, antes de Wundt a filosofia já tentava entender o comportamento humano. Nesse post esclareceremos as influências desses filósofos na psicologia que conhecemos hoje.
Platão
Platão acreditava que o mundo era dividido em duas partes: o mundo das formas e o mundo das experiências. Segundo ele, só temos acesso ao mundo das experiências que contêm meras cópias do mundo das formas, enquanto o mundo das formas inclui a verdade e a beleza. No mundo das formas os objetos são imutáveis e únicos, já no mundo da experiência há grande variedade do mesmo objeto e são mutáveis, uma vez que são cópias. Platão alegorizou suas ideias por meio do Mito da Caverna.
Aristóteles
Aristóteles refutava as ideias de Patão, não acreditava que existiam ideias pré-concebidas. Desta forma, formulou sua teoria da Tabula Rasa. De acordo com essa teoria, todo o conhecimento era adquirido a partir de experiências vividas, assim a verdade residia na imanência.
René Descartes
René Descartes
A principal contribuição de Descartes para a psicologia é a questão mente-corpo. Antes de Descartes, imperava a teoria de que a relação mente-corpo era unilateral, ou seja, a mente exercia grande influência sobre o corpo, mas o corpo não exercia a mesma influência sobre ela. Apesar de aceitar que são feitas de diferentes essências, acreditava que a influência do corpo sobre a mente era maior do que o contrário. Para Descartes, a mente exercia unicamente a função do pensamento, todas as demais funções eram responsabilidade do corpo. Descartes revolucionou ao propor que mente e corpo interagem dentro de um organismo humano.
John Locke
Enquanto Descartes acreditava no inatismo, que as pessoas já nasciam com as ideias, Locke rejeitava essa ideia. Para ele, as ideias eram adquiridas por meio das experiências. Assumia a existência de dois tipos de experiências, uma derivada da sensação e outro derivado da reflexão. Tanto as experiências sensoriais quanto as experiências reflexivas davam origem as ideias simples – ideias que não podem ser analisadas ou reduzidas a concepções mais simples –, entretanto as ideias complexas só poderiam ser formadas pelas experiências reflexivas – ideias que eram combinações de ideias simples. Assim a combinação de ideias formava a teoria da associação, que foi o nome inicial dado ao que hoje é chamado de aprendizado.
David Hartley
Hartley teorizou sobre a associação por contiguidade e por repetição. De acordo com o autor, a lei fundamental da associação é a contiguidade. Ideais ou sensações que ocorrem juntas, simultânea ou sucessivamente tornam-se associações, de forma a resultar em uma outra. Para que se possa formar as associações, era preciso a repetição de ideias e sensações.
James Mill
Do Século XVII ao XIX imperava o espírito mecanicista, de acordo com Schultz e Schultz esse espírito encarava o homem e o universo como uma grande máquina, influenciando a filosofia do Século XVII. James Mill foi um desses influenciados, defendendo que a mente não era só semelhante a uma máquina, mas funcionava como um relógio.